domingo, 2 de novembro de 2014

Doutrina Da trindade

A Doutrina da Trindade
A Trindade Egípcia: Hórus, Osíris e Ísis. A História confirma que a
Doutrina da Trindade católica foi formulada sob influência, entre outras
coisas, do paganismo egípcio. Pergunta-se: Se nós fomos feitos, segundo a 
Bíblia "a imagem e semelhança de Deus" não deveríamos ser também seres trinos?
Não conseguindo responder a isso, os religiosos católicos e protestantes contentam-se
com "é um mistério". Mas esse "mistério" é agora revelado, conforme o estudo abaixo:

Prólogo:
A palavra Trindade não aparece na Bíblia. Era um assunto desconhecido até por volta do Século IV, de maneira que surge a pergunta: Como se formou a Doutrina da Trindade? Muitos acham que ela foi formulada no Concílio de Nicéia, em 325 EC.
Mas, isso não é totalmente correto. O Concílio de Nicéia realmente teorizou e convencionou que "Cristo era da mesma substância que Deus Pai", o que estabeleceu a base para uma posterior teologia trinitarista. Mas esse Concílio não estabeleceu a Doutrina da Trindade conforme a conhecemos hoje, pois não houve nele menção do "espírito santo" como uma terceira pessoa de uma Divindade trina. Até então o "espírito santo" era apenas uma das formas de se dirigir ao Próprio Deus Pai.
Não parece claro que, caso Deus fosse uma Trindade, isso fosse mencionado claramente na Bíblia, pelo menos uma vez, ou mesmo os profetas judeus, que escreveram a Bíblia, tivessem  proposto isso?

O Fracassado Concílio de Nicéia
Por muitos anos filósofos e pensadores - a maioria dos quais com formação no paganismo grego - haviam penetrado no cristianismo  e misturado suas ideias filosóficas com os ensinamentos de Cristo. Essa mistura fermentada, que acabou deturpando os ensinamentos cristãos originais, gerou muitas controvérsias. Uns queriam uma coisa e outros queriam outra coisa.  Uma dessas ideias deturpadas, que não se sabe ao certo nem quando e nem por quem surgiu, foi a de que "Cristo era da mesma substancia do Deus Pai". Ela gerou muita polêmica e muita oposição, por motivos bíblicos, causando divisões e rixas. E essas divisões atormentavam o Império Romano.
Incomodado com essas disputas, o imperador romano Constantino convocou todos os então religiosos "bispos" (que eram aqueles filósofos e pensadores pagãos) a Nicéia. O Concílio foi um fracasso, pois menos de 300 "bispos", uma pequena fração do total, realmente compareceram.

Concílio Presidido por um Pagão
O imperador Constantino não era cristão. Supostamente, mais tarde na vida ele se converteu, mas só foi batizado quando estava para morrer. Qual era a Religião de Constantino? Sobre ela, Henry Chadwick diz em The Early Church (A Igreja Primitiva): “Constantino, como seu pai, adorava o Sol Invicto; . . . a sua conversão não deve ser interpretada como tendo sido uma íntima experiência de graça . . . Era uma questão militar. A sua compreensão da doutrina cristã nunca foi muito clara, mas ele estava certo de que a vitória nas batalhas dependia da dádiva do Deus dos cristãos.”
Que papel desempenhou esse imperador, não batizado, no Concílio de Nicéia? A Enciclopédia Britânica diz: “O próprio Constantino presidiu, ativamente orientando as discussões, e pessoalmente propôs . . . o preceito crucial, que expressa a relação de Cristo para com Deus no credo instituído pelo concílio, ‘de uma só substância com o Pai’ . . . Intimidados diante do imperador, os "bispos", com apenas duas exceções, assinaram o credo, muitos dos quais bem contra à sua inclinação pessoal.
Assim, o papel de Constantino, que não entendia nada sobre assuntos cristãos, foi decisivo. Depois de dois meses de furiosos debates religiosos, esse político pagão interveio e decidiu em favor dos que diziam que Jesus era Deus. Mas, por quê? Certamente não por causa de alguma convicção bíblica. “Constantino basicamente não tinha entendimento algum das perguntas que se faziam em teologia grega”, diz a obra Breve História da Doutrina Cristã. Mas, o que ele deveras entendia era que a divisão religiosa representava uma ameaça ao seu império, e o seu desejo era solidificar o seu domínio.
Conclusão: Nenhum dos "bispos" em Nicéia promoveu uma Trindade, porém. Eles decidiram, mesmo que forçadamente, apenas a natureza de Jesus, mas não o papel do "espírito santo".

Aparece o "Espírito Santo"
Mesmo depois do Concílio de Nicéia, os debates sobre o assunto continuaram por décadas. Os que criam que Jesus não era igual a Deus até mesmo recuperaram temporariamente o favor e o aval do Império Romano. A doutrina da "mesma substancia de Filho e do Pai" parecia que ia acabar. Mais tarde, porém, o Imperador Teodósio novamente decidiu contra eles e estabeleceu o "credo" do Concílio de Nicéia como padrão para o seu domínio e convocou o Concílio de Constantinopla, em 381 EC, para esclarecer os preceitos. Novamente um Concílio, dito "cristão", iria ser presidido por um político pagão.
Foi nesse concílio que apareceu, pela primeira vez a ideia de que o "espírito santo" era uma pessoa.
Mais submisso, a maioria dos "bispos" desse Concílio, concordou em colocar o "espírito santo", agora uma "pessoa espiritual" no mesmo nível que Deus e Cristo. Pela primeira vez, a Trindade da cristandade passou a ser enfocada.
Todavia, mesmo após o Concílio de Constantinopla, a Trindade não se tornou um credo amplamente aceito. Como sempre aconteceu, desde que minaram os ensinamentos originais de Cristo com o paganismo grego e romano, a minoria dos bispos desse Concílio opuseram-se e se separaram,
Desta vez porém,  a minoria que se opôs trouxe sobre si violenta perseguição. Aqueles que se opuseram a Doutrina foram então silenciados pela espada. Começava então um longo período de divisões, guerras e perseguições dentro da recém formada Igreja do Império Romano.
A perseguição com mortes não adiantou. A conflitante doutrina não vingou. Foi apenas em séculos posteriores que a Trindade foi formulada em credos específicos. A Enciclopédia Americana diz: “O pleno desenvolvimento do trinitarismo ocorreu no Ocidente, no escolasticismo da Idade Média, quando se adotou uma explicação em termos de filosofia e psicologia.

Fraude: O "Credo" Atanasiano Não Era de Atanásio
A trindade foi mais plenamente definida no chamado "Credo Atanasiano". Atanásio foi um dos clérigos que apoiou Constantino em Nicéia. O credo que leva seu nome declara: “Adoramos um só Deus em Trindade . . . O Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus; e, no entanto, não são três deuses, mas um só Deus.
Não obstante, bem informados peritos concordam que não foi Atanásio quem elaborou esse credo. A Nova Enciclopédia Britânica comenta: “O credo era desconhecido à Igreja Oriental até o século 12. Desde o século 17, os peritos em geral têm concordado que o Credo Atanasiano não foi escrito por Atanásio (falecido em 373) mas que, provavelmente, foi elaborado no sul da França durante o quinto século. . . . O credo parece ter tido influência primariamente no sul da França e na Espanha no 6.° e 7.° séculos. Foi usado na liturgia da igreja na Alemanha no 9.° século e um pouco mais tarde em Roma.
Isso denota que houve fraude. Simplesmente fabricaram, bem mais tarde, uma ideia atribuída à um tempo em que não se discutia sobre o "espírito santo".

Um "Credo" Político
Portanto, levou séculos desde o tempo de Cristo para que a Trindade viesse a ser plenamente aceita na cristandade. E, em todo esse processo, o que foi que guiou as decisões? Foi a Palavra de Deus, ou foram considerações clericais e políticas? Em Origem e Evolução da Religião, E. W. Hopkins responde: “A definição ortodoxa final da trindade era em grande parte uma questão de política eclesial.
Devemos nos lembrar que foi Constantino, um imperador pagão, que sancionou, por motivos políticos, a ideia de unicidade do Pai e do Filho. De lá pra cá, todas as decisões a respeito da Trindade foram políticas e fraudulentas.

Ensino Pervertido Previsto
Essa desabonadora e pervertida história da Trindade se ajusta ao que Jesus e seus apóstolos predisseram que viria depois de seus dias. Eles disseram que viria uma apostasia, um desvio, um abandono da adoração verdadeira até a volta de Cristo, quando então a adoração verdadeira seria restaurada, antes do dia em que Deus destruiria este sistema de coisas.
Sobre tal “dia”, o apóstolo Paulo disse: “Não virá a menos que venha primeiro a apostasia e seja revelado o homem que é contra a lei.” (2ª Tessalonicenses 2:3, 7).
Mais tarde, Paulo predisse: “Depois de minha partida, introduzir-se-ão entre vós lobos vorazes que não pouparão o rebanho. Mesmo do meio de vós surgirão alguns falando coisas pervertidas, para arrastarem atrás de si os discípulos.” (Atos 20:29, 30, Versão bíblica católica Bíblia de Jerusalém - BJ).
Outros discípulos de Jesus também escreveram a respeito dessa apostasia com a sua classe do clero ‘contra a lei’. — Veja, por exemplo, 2ª Pedro 2:1; 1 João 4:1-3 e Judas 3, 4.

Um Ensino Demoníaco
Paulo também escreveu: “Pois virá um tempo em que alguns não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, segundo os seus próprios desejos, como que sentindo comichão nos ouvidos, se rodearão de mestres. Desviarão os seus ouvidos da verdade, orientando-os para as fábulas.” — 2ª Timóteo 4:3, 4, BJ.
O próprio Jesus explicou o que estaria por trás desse desvio da adoração pura. Ele disse que lançara boas sementes, mas que o inimigo, Satanás, semearia por cima o joio. Assim, junto com as primeiras lâminas de trigo, apareceu também o joio. Portanto, era de esperar um desvio do cristianismo puro até a colheita, quando então Cristo corrigiria as coisas. (Mateus 13:24-43).


2ª Parte
A História Confirma o Paganismo
da Trindade

Vimos que a ideia de união entre dois seres espirituais, como se fossem um só, passaram a influenciar, por meio de ensinamentos pagãos, a primitiva, decaída e desviada cristandade.
Enciclopédia Americana comenta: “O trinitarismo do quarto século de forma alguma refletiu com exatidão o primitivo ensino cristão sobre a natureza de Deus; foi, ao contrário, um desvio deste ensinamento.
Mas como foi que essa ideia surgiu entre os pensadores filosóficos antigos? O que os influenciou?

Ensino Influenciado Pelo Paganismo Egípcio
Por todo o mundo antigo, remontando a Babilônia, a adoração de deuses pagãos agrupados em três, ou tríades, era comum. Esta influência era também prevalecente no Egito, na Grécia, e em Roma nos séculos antes, durante e depois de Cristo. E após a morte dos apóstolos, tais crenças pagãs passaram a invadir o cristianismo.
O historiador Will Durant observou: “O cristianismo não destruiu o paganismo; ele o adotou. . . . Do Egito vieram as ideias de uma trindade divina.”  No livro Egyptian Religion (Religião Egípcia), Siegfried Morenz diz: “A trindade era uma das principais preocupações dos teólogos egípcios . . . Três deuses são combinados e tratados como se fossem um único ser, a quem se dirige no singular. Deste modo, a força espiritual da religião egípcia mostra ter um vínculo direto com a teologia cristã.
Assim, em Alexandria, no Egito, os eclesiásticos da última parte do terceiro e o início do quarto século, refletiram essa influência ao formularem ideias que levaram à Trindade. A própria influência deles se alastrou, de modo que Morenz considera “a teologia alexandrina como o intermediário entre a herança religiosa egípcia e o cristianismo”.

Outra Influência: A Filosofia Platônica
No prefácio do livro History of Christianity (História do Cristianismo), de Edward Gibbon, lemos: “Se o paganismo foi conquistado pelo cristianismo, é igualmente verdade que o cristianismo foi corrompido pelo paganismo. O puro deísmo dos primeiros cristãos . . . foi mudado, pela Igreja de Roma, para o incompreensível dogma da trindade. Muitos dos dogmas pagãos, inventados pelos egípcios e idealizados por Platão, foram retidos como sendo dignos de crença.
O Dicionário do Conhecimento Religioso menciona que muitos dizem que a Trindadeé a corrupção emprestada de religiões pagãs e enxertada na fé cristã”. E a obra O Paganismo no Nosso Cristianismo declara: “A origem da [Trindade] é inteiramente pagã.”
É por isso que na Enciclopédia de Religião e Ética, James Hastings escreveu: “Na religião indiana, p. ex., temos o grupo trinitário de Brama, Xiva e Vixenu; e na religião egípcia, com o grupo trinitário de Osíris, Ísis e Hórus . . . Tampouco é apenas em religiões históricas que encontramos Deus sendo considerado como uma Trindade. Vem-nos à mente em especial o conceito neo-platônico da Suprema e Derradeira Realidade”, que é “representada triadicamente”.
Daí se pergunta: O que tem a haver com a Trindade o filósofo grego Platão?

Um Rearranjo de Trindades Pagãs
Platão, segundo se pensa, viveu de 428 a 347 antes de Cristo. Embora não ensinasse a Trindade na sua forma atual, as suas filosofias pavimentaram o caminho para ela. Mais tarde, movimentos filosóficos que incluíam crenças triádicas floresceram, e estas eram influenciadas pelas ideias de Platão a respeito de Deus e da natureza.
A obra francesa Nouveau Dictionnaire Universel (Novo Dicionário Universal) diz sobre a influência de Platão: “A trindade platônica, que em si é meramente um rearranjo de trindades mais antigas, que remontam aos povos anteriores, parece ser a trindade filosófica racional de atributos que deram origem às três hipóstases ou pessoas divinas ensinadas pelas igrejas cristãs. . . . O conceito deste filósofo grego sobre a trindade divina . . . pode ser encontrada em todas as religiões [pagãs] antigas.

A obra The New Schaff-Herzog Encyclopedia of Religious Knowledge (Nova Enciclopédia de Conhecimento Religioso, de Schaff-Herzog) mostra a influência dessa filosofia grega: “As doutrinas do Logos e da Trindade receberam a sua forma de Pais Gregos, que . . . foram muito influenciados, direta ou indiretamente, pela filosofia platônica . . . Que dessa fonte se infiltraram erros e corrupções na Igreja não pode ser negado.
A obra A Igreja dos Primeiros Três Séculos diz: “A doutrina da Trindade foi formada de maneira gradual e comparativamente tardia; . . . teve a sua origem numa fonte inteiramente estranha à das Escrituras Judaicas e Cristãs; . . . cresceu, e foi enxertada no cristianismo, pelas mãos de Pais platônicos.”

Por volta do fim do terceiro século EC, o “cristianismo” e as novas filosofias platônicas tornaram-se inseparavelmente unidas. Como declara Adolf Harnack em Outlines of the History of Dogma (Linhas Gerais da História de Dogmas), a doutrina da igreja ficou “firmemente enraizada no solo do helenismo [pensamento grego pagão]. Deste modo tornou-se um mistério para a grande maioria dos cristãos.”

A igreja afirmava que as suas "novas doutrinas" se baseavam na Bíblia. Mas Harnack contradiz: “Na realidade legitimava em seu meio a especulação helênica, os conceitos e costumes supersticiosos de cultos misteriosos pagãos.”
No livro A Statement of Reasons (Declaração de Razões), Andrews Norton diz sobre a Trindade: “Podemos traçar a história dessa doutrina e descobrir a sua origem, não na revelação cristã, mas sim na filosofia platônica . . . A Trindade não é uma doutrina de Cristo e de seus Apóstolos, mas sim uma ficção da escola de posteriores platonistas.”

Assim, no quarto século EC, a apostasia predita por Jesus e por seus apóstolos veio a florescer plenamente. O desenvolvimento da Trindade era apenas uma evidência disso. As igrejas apóstatas também começaram a abraçar outras ideias pagãs, como o inferno de fogo, a imortalidade da alma e a idolatria. Espiritualmente falando, a cristandade havia entrado na sua predita era obscura, dominada por uma crescente classe clerical, claramente reconhecida, mediante este estudo, como o “homem que é contra a lei”. — 2ª Tessalonicenses 2:3, 7.


3ª Parte
Conclusão

Em face de se saber que a Trindade não é um assunto ensinado na Bíblia suscita perguntas pertinentes.
Por exemplo, por que, por milhares de anos, nenhum dos profetas de Deus ensinou o povo de Deus a respeito da Trindade? Jesus não usaria a sua habilidade como Grande Instrutor para tornar a Trindade clara a seus seguidores? Não inspiraria Deus centenas de páginas das Escrituras sobre si mesmo no sentido de ser uma Trindade, caso Ele a fosse, e, conforme diz a igreja, sendo essa Trindade a “doutrina central” da fé?
Devem os cristãos crer que séculos depois de Cristo, e depois de ter inspirado a escrita da Bíblia, Deus apoiaria a formulação de uma doutrina que era desconhecida a seus servos por milhares de anos, uma doutrina que é um ‘mistério insondável’, “além da compreensão da razão humana”, que admitidamente teve um fundo pagão e era “em grande parte uma questão de política eclesial”?

O testemunho da história é, conforme vimos nesse estudo, claro: O ensino da Trindade é um desvio da verdade, uma apostasia.


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